Nos dias 02 a 04 de dezembro, Luise Villares, Assessora Nacional da Cáritas Brasileira, representou a Plataforma MROSC no Encontro Nacional da Plataforma dos Movimentos Sociais pela Reforma do Sistema Político, realizado em Luziânia, estado de Goiás. O evento contou com a participação de 118 representantes e integrantes da Plataforma pela Reforma Política, a qual é uma articulação de movimentos, entidades, fóruns e redes que atuam para mudar a forma como o sistema político brasileiro está organizado institucionalmente.
A atividade iniciou com uma análise de conjuntura coletiva, com fala de 18 representantes da sociedade civil. Continuou com a apresentação sobre a Plataforma, trabalho em grupo e debate coletivo, com o objetivo de pontuar as estratégias prioritárias por uma maior participação social e para ter uma reforma efetiva em torno dos cinco eixos da articulação: resultados eleitorais e seus impactos; rumos políticos; crescimento da extrema direita; fundamentalismo; cultura política; economia e democracia; e retomada de direitos. Todas as falas reforçaram a importância de um olhar interseccional sobre as pautas debatidas pela Plataforma, tendo a compreensão do racismo, machismo e classicismo que estruturam a sociedade brasileira.
Luise Villares, membro do Comitê Gestor da Plataforma MROSC e coordenadora do Eixo Mulheres da Plataforma MROSC, apresentou a parceria entre a Plataforma MROSC e a Plataforma pela Reforma Política, destacando em sua fala a importância da sinergia entre as ações realizadas em conjunto. “Neste momento, é essencial que estejamos construindo pontes para a consolidação de um outro sistema político, principalmente relacionado a democracia com enfoque nas relações de gênero. Precisamos criar mecanismos e condições sociais para as mulheres viverem uma experiência de identidade política. Por isso, estamos propondo uma ação compartilhada, dentro da Campanha 21 dias de ativismo, entre mulheres, e entre homens e mulheres, comunicando que precisamos de mais mulheres ocupando espaços de poder para que nossas reivindicações possam ser explicitadas, reconhecidas e contempladas com equidade de gênero no campo da política.”
No final do encontro foi eleito o novo Grupo de Referência (GR) da Plataforma pela Reforma Política com 19 organizações envolvidas. O novo GR fica responsável por facilitar a articulação política, conduzir as estratégias e decisões construídas coletivamente. A instância ficou assim constituída:
- INESC
- MCCE – Movimento Contra Corrupção Eleitoral
- ABONG – Associação Brasileira de Ong’s
- AMNB – Articulação Organização de Mulheres Negras Brasileiras – representada por NZINGA Coletivo de Mulheres Negras
- CENARAB
- INTERVOZES – Coletivo de Comunicação
- FAOR – Fórum da Amazônia Oriental
- CONIC – Conselho Nacional das Igrejas Cristãs
- Rede Afro LGBT
- CMP – Central dos Movimentos Populares
- Cáritas Brasileira
- RBJA – Rede Brasileira de Justiça Ambiental
- Instituto EcoVida
- CEDENPA – Centro de Estudos e Defesa do Negro do Pará
- Coletivo Arewá
- Instituto Soma Brasil
- Rede Feminista de Saúde, Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos
- LesBiTrans Amazônia Juventude e plural
- Conselho Nacional do Laicato do Brasil (CNBL)
Na avaliação geral do encontro, foi destacada a autonomia da Plataforma e o potencial das organizações de seguirem se articulando e construindo lutas coletivas em defesa de uma democracia que contemple a diversidade da população brasileira e descentralize os espaços de poder historicamente demarcados. Após um ano tão desafiador, o Encontro Nacional da Plataforma pela Reforma do Sistema Político possibilitou renovar as energias e acreditar em um novo ciclo político mais esperançoso.
A Plataforma Nacional dos Movimentos Sociais-PNMS-Bralilia-DF, resumidamente, já encerra em sua denominação, a gigantesta potencialidade de suas possibilidades coletivas!
É preciso acreditar demais nesta força vulcânica nata!